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Só há um meio de transporte mais seguro do que o avião: é o elevador. Mas, já que você não pode ir à Disneylândia dentro de um, melhor pegar um voo comercial. Empresas de grande porte dos Estados Unidos, por exemplo, só perdem uma aeronave devido a acidente aéreo a cada 4 milhões de decolagens. Você tem quatro vezes mais chances de morrer atingido por um raio do que por viajar num voo da United Airlines.
Para que ocorra um desastre aéreo é preciso que uma série de pequenas falhas se somem, não sejam percebidas ou corrigidas a tempo, e que tais falhas se combinem, numa ordem macabra, com determinados eventos. Se uma falha fosse corrigida ou não tivesse existido; ou se a ordem dos eventos fosse alterada em algum ponto, geralmente, o acidente não teria acontecido.
Independentemente das preocupações que passem pela sua cabeça enquanto afivela o cinto dentro de um avião, eu quero crer que você nunca iria incomodar uma comissária de bordo (elas detestam ser chamadas de aeromoça) nesses moldes:
— Por favor, pergunte ao piloto se ele lembrou de encher o tanque.
Quando se entra num avião, eu acho que a última coisa que a gente iria temer seria que o combustível acabe antes do voo chagar ao aeroporto de destino. Mas quando você está a bordo de uma aeronave que não é da United Airlines, e sim de uma pequena companhia aérea iniciante no ramo; quando você não está num país como os Estados Unidos, mas no Brasil, onde as autoridades não são famosas por exercerem sua função como deveriam; quando seu voo está indo para um lugar onde o combustível é 40% mais caro do que o que é vendido no aeroporto de onde você vai decolar, e para onde a aeronave vai retornar logo em seguida… Bem… Já nesses casos… Você teria mesmo motivos para se preocupar!
Isso porque o piloto em comando poderia ficar tentado a fazer o percurso de A para B e, depois, de B para A, enchendo o tanque apenas uma vez, em A, onde o combustível é 40% mais barato do que em B. No trecho de volta, de B para A, o combustível estaria “contado”: apenas o suficiente para cumprir o trajeto. Sem margem para erros nem imprevistos. Só com a ajuda de Deus um voo assim poderia terminar bem.
Mas o grande problema com Deus é que ele só se dispõe a ajudar as pessoas quando elas tomam todas as precauções que tomariam se ele não existisse.
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Mas Deus salva as que rezam para ele, pois são seus cordeiros.
Ou não é assim. Queeeee, não vai dizer que morrem também os crentes. Algum teólogo poderia explicar?
A última frase é perfeita!
Isso me lembra aqueles ônibus lotados de crentes que se envolvem em acidentes por vezes graves.
Imagino que um deus real justo, deveria ao menos proteger pessoas justas e inocentes dos erros cometidos por uns poucos.
Estranha-me ainda o fato de um tal deus realizar ”milagrinhos” em quaisquer desses cultos e não ser capaz de impedir acidentes onde envolvam muitas pessoas.
Deus supostamente só atende aos pastores e aos ”chorões”, curando dores dúbias e pernas mancas, parecendo assim subordinado à eles.
Deus aparentemente é o sujeito que leva os créditos das boas ações realizadas por nós mesmos.
Mas o grande problema com Deus é que ele só se dispõe a ajudar as pessoas quando elas tomam todas as precauções que tomariam se ele não existisse.
O que há de brilhante nesse raciocínio é que ele é simples, direto e bate com o que se observa. Sem falhas, diria eu. Eu queria ter dito isso. Aí eu penso: porque é tão difícil para a grande maioria das pessoas perceber isso?
E como apontou o Márcio, e eu também percebo, nós fazemos tudo e deus leva o crédito. Até pelas grandes descobertas científicas que, vejam só, depõem contra a existência de um criador que governa o Universo.
Oi, vai voando lá no D.A. e veja a foto de apresentadoras de TV que está lá; veja a sacanagem que tão fazendo conosco com essa agora dos hologramas … São as crenças, estão dispostos a acabar com a gente se não conseguirem nos fazer tudo de escravos.
http://www.ateismo.net/2011/12/08/o-regresso-das-religioes-e-o-retrocesso-democratico/
[…] 1: Parte 2 – Parte 3 – Parte 4 – Parte […]